Produção de mudas de tamarindeiro com água da piscicultura e bioestimulantes de algas marinhas

A fertilização com bioestimulante da espécie Ascophyllum.nodosum promove incrementos na produção de mudas de tamarindeiro

Publicado em: 29 de nov. de 2021

A água residuária da piscicultura vem sendo utilizada para a irrigação e tem sido testada na produção de mudas de frutíferas. Outros estudos têm sido desenvolvidos com o uso das algas marinhas que sintetizam hormônios vegetais e existem produtos à base de extratos de macroalgas utilizadas comercialmente como bioestimulantes para aumentar a produção agrícola. 

 

Visando associar estas duas alternativas para a produção de mudas, o pesquisador Raulino Cardoso, e o professor Vander Mendonça (orientador do pesquisador), ambos do Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia do Centro de Ciências Agrárias da Ufersa, realizaram uma pesquisa com o objetivo de avaliar diferentes concentrações de água residuária da piscicultura e doses de bioestimulantes naturais de algas marinhas na produção de mudas de tamarindeiro (Tamarindus indica L.).

 

O trabalho foi realizado no período de maio a outubro de 2016, no viveiro de mudas do Setor de Fruticultura da Ufersa, Mossoró/RN. O substrato utilizado foi formulado com 30% de esterco bovino e 70% de solo, utilizando diferentes combinações dos bioestimulantes e água residuária da piscicultura. Foram realizadas análises das características morfológicas e fisiológicas.

 

O bioestimulante à base de Ascophyllum nodosum (Bioestimulante “B”), na dose 4,0 ml L-1, promoveu os maiores incrementos na biomassa seca de tamarindeiro e atingiu os maiores valores de comprimento total. O bioestimulante à base de lithothannium (Bioestimulante “A”) é superior ao bioestimulante à base de Ascophyllum nodosum (Bioestimulante “B”), na variável de condutância estomática e doses elevadas de bioestimulantes, acima de 5,54 ml L-1, comprometem à taxa fotossintética de mudas de tamarindeiro. 

 

Altas concentrações de água residuária da piscicultura promovem declínio nas seguintes características avaliadas: Número de Folhas, Comprimento da parte Aérea, Comprimento Total, Massa Seca do Sistema Radicular, Massa Seca da Parte Aérea, Massa Seca Total, Condutância Estomática e Transpiração. As concentrações utilizadas neste experimento (25%, 50%, 75% e 100%) de água residuária da piscicultura foram bastante elevadas, não permitindo se observar o efeito benéfico da água. Dessa forma, sugere-se que as próximas pesquisas sejam realizadas utilizando concentrações menores. A fertilização com bioestimulante da espécie Ascophyllum. nodosum na dose de 4,0 ml L-1 promove incrementos no diâmetro do colo, comprimento da parte aérea e no acúmulo de biomassa seca de mudas de tamarindeiro.

 

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FITOTECNIA DA UFERSA

 

O Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia da Ufersa foi criado oficialmente, em nível de mestrado, em junho de 1988 e em nível de doutorado em 2003 com os objetivos de qualificar e aperfeiçoar professores para o magistério superior e pesquisadores para atividades de investigação e desenvolvimento, bem como ampliar o conhecimento profissional de técnicos do setor e adaptar profissionais à nova realidade do mercado de trabalho. Este Programa tem atualmente conceito 6 referendado pela CAPES e compõe-se de uma área de concentração: AGRICULTURA TROPICAL.

 

Veja o trabalho completo na descrição abaixo

CARDOSO NETO, Raulino. Produção de mudas de tamarindeiro irrigado com água residuária da piscicultura e doses de bioestimulantes naturais de algas marinhas. 2017. 58 f. Dissertação (Mestrado em Fitotecnia) - Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró, 2017. Disponível em: http://repositorio.ufersa.edu.br/handle/tede/803 Acessado em: 25/11/2021.

Siga o sabiá por onde ele for!

Orgulhosamente desenvolvido pela equipe da Plataforma Sabiá na UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO - UFERSA.