Plantas daninhas na cultura do melão: períodos de interferência e alternativas para o controle

O cultivo de melão no semiárido brasileiro tem sido realizado empregando práticas que auxiliam no controle das plantas daninhas, como o uso de mulching, irrigação localizada e uso de mudas. Todavia, essas práticas não são suficientes para evitar a interferência das plantas daninhas que se estabelecem no orifício do transplantio das mudas, sendo necessário adotar medidas de controle da comunidade infestante.

Com base nessa necessidade, o pesquisador Donato Ribeiro, desenvolveu sua pesquisa de doutorado, sob a orientação do professor Daniel Valadão, no Programa de Fitotecnia da Universidade Federal Rural do Semi-árido - Ufersa. Na pesquisa, foram avaliados os períodos de interferência de plantas daninhas nos híbridos de melão: um do tipo “Amarelo” (Goldex), outro do tipo “Pele de Sapo” (Grand Prix), avaliando também a seletividade e eficácia de herbicidas aplicados na pré-emergência.

A determinação da época de controle foi realizada durante os anos de 2016 e 2017, sendo os tratamentos arranjados em esquema de parcelas subdivididas, com as parcelas constituídas pelos tipos de melão (Amarelo e Pele de sapo) e as subparcelas da duração dos períodos de convivência ou controle das plantas daninhas.

Para avaliar a seletividade e a eficácia de herbicidas, um experimento foi realizado em delineamento em blocos ao acaso, com quatro repetições. Foram aplicados oito diferentes herbicidas em pré-emergência das plantas daninhas.

A presença de plantas daninhas reduziu em até 52% a produtividade dos híbridos de melão. O cultivo de melão favoreceu o estabelecimento de espécies trepadeiras, como a Jitirana (Merremia aegyptia). O controle de plantas daninhas deve ser iniciado entre a primeira e segunda semanas e a duração deverá ser de aproximadamente 42 dias, considerando a perda de produtividade de 5%. 

Dentre os herbicidas testados, observou-se que o metribuzin, ametryn e diuron causam a morte da cultura do melão. As aplicações de clomazone e da combinação clomazone + oxyfluorfen foram os tratamentos mais eficientes no controle das plantas daninhas presentes na área de estudo, com baixos efeitos fitotóxicos e menor variação de rendimento do melão.

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FITOTECNIA DA UFERSA

O Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia da Ufersa foi criado oficialmente, ao nível de mestrado, em junho de 1988 e ao nível de doutorado em 2003 com os objetivos de qualificar e aperfeiçoar professores para o magistério superior e pesquisadores para atividades de investigação e desenvolvimento, bem como ampliar o conhecimento profissional de técnicos do setor e adaptar profissionais à nova realidade do mercado de trabalho. Este Programa tem atualmente conceito 6 referendado pela CAPES e compõe-se de uma área de concentração: AGRICULTURA TROPICAL.

Veja o trabalho completo na descrição abaixo

CARVALHO, Donato Ribeiro de. Períodos de interferência e alternativas para o controle de plantas daninhas na cultura do melão. 2020. 61 f. Tese (Doutorado) - Curso de Em Fitotecnia, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró, 2020. Disponível em: http://repositorio.ufersa.edu.br/handle/prefix/5660 Acessado em: 24/11/2021.