Conservação e qualidade do maracujá amarelo produzido na região de Mossoró (RN)

Uso da atmosfera modificada reduz a perda de água dos frutos e mantém a qualidade dos frutos

Publicado em: 03 de dez. de 2021

O maracujá amarelo é um dos frutos mais produzidos e o terceiro suco mais consumido no Brasil. No entanto, a sua conservação e armazenamento ainda é alvo de estudos, por se tratar de um fruto que perde água facilmente, depreciando a sua aparência e sendo rejeitado pelo mercado do consumo in natura.

 

O mercado do processamento mínimo de frutas e hortaliças se mostra promissor e o maracujá amarelo - minimamente processado - tem ganhado as prateleiras, pois chama a atenção do consumidor pela praticidade e por poder avaliar a qualidade/aparência da polpa no momento da compra, porém é um produto de maior perecibilidade.

 

Neste sentido a pesquisadora Ana Verônica Menezes de Aguiar do Programa Pós-graduação em Fitotecnia da Ufersa, sob a orientação da professora Patrícia Lígia Dantas de Morais do Centro de Ciências Agrárias da Ufersa, realizou uma pesquisa com os objetivos de caracterizar frutos de maracujazeiro amarelo em dois estádios de maturação produzidos na região de Mossoró – RN e avaliar o seu potencial de conservação e qualidade em atmosfera modificada em condição de temperatura ambiente e refrigerado e a polpa minimamente processada submetida a refrigeração e congelamento.

 

No primeiro experimento, foram caracterizados frutos de maracujazeiro amarelo (Passiflora edulis Sims.) enxertado, produzidos na região de Mossoró quanto aos aspectos físicos, físico-químicos e potencial antioxidante em dois estádios de maturação. Os frutos apresentaram massa, formato, rendimento de polpa e suco, espessura da casca, sólidos solúveis, acidez titulável e pH desejáveis para o consumo in natura como para a indústria em ambos os estádios de maturação. O teor de vitamina C foi menor quando comparados aos encontrados na literatura para frutos não enxertados. O teor de β-caroteno foi maior em frutos no estádio de maturação III. 

 

No segundo experimento, foi avaliado o potencial de conservação de fruto do maracujazeiro amarelo enxertado, submetido a atmosfera modificada e armazenados em temperatura ambiente e refrigerado. Os efeitos da temperatura de armazenamento afetam apenas a aparência do fruto não interferindo na qualidade da polpa de maracujá amarelo. Outra avaliação é que o uso da atmosfera modificada reduz a perda de água dos frutos.

 

E no terceiro experimento, foram avaliadas a conservação e qualidade físico-químicas da polpa de maracujá minimamente processada, colhida em dois estádios de maturação, e submetido ao armazenamento sob refrigeração e congelamento. As polpas minimamente processadas de maracujá amarelo enxertado armazenadas à 5° ± 2º C e -18° ± 2º C mantiveram seu aspecto e qualidade dentro dos padrões estabelecidos pela legislação brasileira até os 14 e 56 dias de armazenamento, respectivamente.

 

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FITOTECNIA DA UFERSA

 

O Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia da Ufersa foi criado oficialmente, em nível de mestrado, em junho de 1988 e, em nível de doutorado, em 2003, com os objetivos de qualificar e aperfeiçoar professores para o magistério superior e pesquisadores para atividades de investigação e desenvolvimento, bem como ampliar o conhecimento profissional de técnicos do setor e adaptar profissionais à nova realidade do mercado de trabalho. Este Programa tem atualmente conceito 6 referendado pela CAPES e compõe-se de uma área de concentração: AGRICULTURA TROPICAL.

 

Veja o trabalho completo na descrição abaixo

AGUIAR, Ana Verônica Menezes de. CONSERVAÇÃO E QUALIDADE DO FRUTO E POLPA DO MARACUJAZEIRO AMARELO ENXERTADO PRODUZIDO NA REGIÃO DE MOSSORÓ, RN. 2019. 110 f. Tese (Doutorado em Fitotecnia), Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró, 2018. Disponível em: http://repositorio.ufersa.edu.br/handle/prefix/1052 Acessado em: 24/11/2021.

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