Comportamento higiênico como resposta a ácaro parasita em abelhas africanizadas no semiárido brasileiro

Os resultados encontrados reforçam a linha de pensamento de que no Brasil não há a necessidade de aplicação de acaricidas para controle do V. destructor

Publicado em: 30 de dez. de 2021

A sanidade das abelhas é uma temática discutida mundialmente por ser um ponto crítico na cadeia produtiva e de fundamental importância para a manutenção das colônias e da produção apícola. O ácaro Varroa destructor é considerado uma das pragas apícolas mais letais da atualidade e mecanismos alternativos para o controle desse parasita sem uso de tratamentos químicos têm sido estudados.

 

Mesmo presente em todos os estados do Brasil, o V. destructor não tem causado os mesmos efeitos maléficos como vistos em outros países em decorrência da tolerância da abelha africanizada, do ciclo de vida das abelhas, do comportamento higiênico sensível ao ácaro, do grooming, clima entre outros fatores.

 

O comportamento higiênico é considerado como um dos principais mecanismos de defesa para o controle populacional do V. destructor, e a seleção de colônias higiênicas tem sido feita buscando esse objetivo. Diante desta problemática, o pesquisador Leandro Alves da Silva, sob orientação da professora Kátia Peres Gramacho, do Programa de Pós-Graduação em Produção Anima da Ufersa/UFRN, realizou uma pesquisa com o objetivo de avaliar o comportamento higiênico como resposta a esse parasita em abelhas africanizadas no semiárido brasileiro.

 

Foi avaliado o comportamento higiênico sensível ao V. destructor (CHSV) em diferentes níveis fenotípicos do comportamento higiênico geral em abelhas africanizadas (A. mellifera) e sua relação com a taxa de infestação em abelhas adultas e em crias, além disso, a taxa de infestação foi correlacionada com a área de cria operculada.

 

O comportamento higiênico sensível à V. destructor não diferiu entre os 3 grupos fenotípicos. A taxa de infestação foi diretamente influenciada pela área de cria. E a infestação do ácaro aliado as condições ambientais na entressafra favoreceram na enxameação das colônias nos meses mais críticos. Não houve correlação significativa entre o comportamento higiênico e a infestação mensal desse parasita, mostrando que a tolerância das abelhas africanizadas é resultante de vários fatores e não apenas do comportamento higiênico. Mesmo assim, os resultados encontrados reforçam a linha de pensamento de que no Brasil não há a necessidade de aplicação de acaricidas para controle do V. destructor.

 

Programa de Pós-Graduação em Produção Animal

 

O Programa de Pós-graduação em Produção Animal – PPGPA oferta curso de mestrado sendo realizado em associação plena entre Ufersa e UFRN e tem como objetivos capacitar profissionais para atuação em órgãos governamentais e particulares de ensino, pesquisa, prestação de serviço, ou diretamente junto ao setor produtivo. A área de concentração do Programa é PRODUÇÃO ANIMAL com as seguintes linhas de pesquisas: Produção de Ruminantes e Forragicultura, Produção de Não Ruminantes e Tecnologia e Qualidade de Produtos de Origem Animal.

 

Acesse o trabalho completo em:

SILVA, Leandro Alves da. Comportamento higiênico como resposta ao ácaro varroa destructor em abelhas africanizadas (apis mellifera) no semiárido brasileiro. 2021. 138 f. Dissertação (Mestrado em Produção Animal), Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró, 2021. Disponível em: http://repositorio.ufersa.edu.br/handle/prefix/6746 Acessado em: 29/12/2021.

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